Traduzido para o português, kung fu é um termo de origem chinesa que significa “trabalho árduo em tempo integral para adquirir habilidade e maestria”. Para explicar às pessoas o tempo de dedicação e disciplina que o domínio das artes marciais exige, os chineses diziam “kung fu” — um nome que acabou se popularizando e passou a ser usado para designar as artes marciais chinesas de modo geral.

Existem diversos estilos de kung fu, cada qual com características específicas e movimentos de ataque e defesa inspirados no funcionamento da natureza e na observação dos animais. Os estilos praticados e ensinados no Instituto de Kung Fu Shaolin são o Choy Lay Fut, que se baseia em cinco animais (tigre, pantera, garça, serpente e dragão), e Ton Long (louva-a-deus) — conhecido como o estilo das mil facetas.

A origem do kung fu é remota, e sua história é cheia de lendas e mitos. Uma vez que as variadas formas de luta sempre foram necessárias para a sobrevivência da humanidade, que precisava se defender de animais e grupos rivais, acredita-se que o kung fu tenha começado a se desenvolver antes mesmo das formas de comunicação verbal por meio de uma linguagem estruturada.

Diversos motivos levaram as pessoas a se dedicarem à prática das artes marciais ao longo da história: seja por questões de sobrevivência, ações militares, aprimoramento da saúde e até alcance da realização pessoal. Justamente por isso, inúmeros termos já foram usados para designar o desenvolvimento marcial e há uma grande dificuldade para traçar uma linha do tempo precisa a respeito da origem do kung fu.

A popularização do termo kung fu como sinônimo de artes marciais chinesas aconteceu apenas a partir da década de 1970, graças à famosa série de televisão Kung Fu estrelada por David Carradine. Porém, uma vez que a tradução literal deste termo é “trabalho humano”, kung fu pode ser considerado toda e qualquer habilidade (não apenas marcial) adquirida ao longo do tempo, por meio de esforço, dedicação e disciplina.